Alguém já foi no Ceasa? Ou nos grandes centros de distribuição de hortifruti? Se alguém já foi sabe exatamente como os podres sacos de batata são transportados e arremessados de qualquer jeito. Afinal a batata é um tubérculo bem resistente e agüenta o que outros vegetais não agüentariam.
Mas eu não sou um saco de batatas. E por mais obvio e estúpido que isso possa parecer eu não tolero ser comparada a um saco de batatas. Assim como um montante de raízes sem um pingo de sentimentos que pode ser arremessado e sair ileso sem um arranhãozinho se quer.
Eu não sou um tubérculo, eu tenho sentimentos embora eles fiquem resguardados em grande parte do tempo. Mas isso não dá direito a ninguém e eu disse a ninguém mesmo de me julgar uma criatura insossa e sem sentimentos e com isso sentir absoluto ao me dizer com duras palavras que eu não passo de tubérculo em sua vida. Não que tenham sido tão literais assim as palavras da pessoa, mas um ser dito humanos que simplesmente descarta outro em um SMS não pode julgar a pessoa do outro lado do telefone como de fato pessoa, daquelas que tem sangue correndo nas veias e principalmente que tem sentimentos e que se importam quando esses mesmos sentimentos são menosprezados ou quando não são levados em consideração.
Saco de batatas pra mim são pessoas assim que dentro do peito devem ter no lugar do coração um grande espaço oco e que com certeza não se importariam ao serem arremessadas no caminhão da amargura.
Por isso se você é daqueles que não sabe a diferença entre uma pessoa e um vegetal cuidado pois gente como você também pode te enxergar como um simples saco de batatas.
Joyce de Almeida

Nenhum comentário:
Postar um comentário