
Ontem me dei conta de como as coisas hoje em dia não são feitas para durar.
Antigamente era comum as coisas durarem mais do que as pessoas...rs..ok exageros a parte eu queria jogar meu rádio no lixo.Sim eu ainda eu tenho um rádio,um modelo bacana da Philips que ganhei da minha mãe no meu aniversário de 16 anos.E ele já não é mais o mesmo,pobre coitado o que eu podia esperar de um rádio com quase 10 anos?rs...
Lembro do dia que minha mãe chegou com ele.Era véspera do meu aniversário e eu estava acordada,já era tarde ela esperava que eu estivesse dormindo.Mas eu estava na cozinha ouvindo o velho rádio e escrevendo meus poemas.Os devaneios e desabafos da garota que não sabia que rumo tomar.O embrulho era grande e vermelho e quando minha mãe me viu disse:”ah não era pra vc estar acordada.”em seguida correu pro quarto dela e fingiu que não tinha trazido nada.Eu ri,sabia que era pra mim mas podia esperar mais um dia pra saber o que era.
No dia seguinte ela acordou cedo e me entregou o embrulho enorme. Fiquei feliz era exatamente o que eu precisava. E agora ele já dá sinais que 10 anos foi o prazo dele. Que durar mais que isso não estava previsto no manual.
E engraçado que eu ouvia Dust in The Wind enquanto o rádio se recusava a tocar a música.
E eu pensava que hoje em dia as coisas não duram e nem as pessoas.Os relacionamentos,as promessas,os sonhos tudo tem prazo de validade.Tudo tem o tempo certo pra virar poeira no vento.
Eu sei que prometi esperar a primavera de coração limpo e braços abertos, mas tem sido difícil deixar que as coisas tomem um rumo mais leve, para deixar que algumas coisas realmente virem poeira no vento. Alguns sentimentos de inquietação teimam em me perturbar demais.
Tem coisas que deveriam virar poeira no vento, mas que ainda persistem em durar, como fantasmas, como medos como a tremenda falta de coragem de jogar tudo pro alto e recomeçar.
Mas eu prometo que vou respeitar o prazo de validade das coisas e das pessoas e vou deixar que a vida tome o rumo certo......para que eu realmente receba a primavera de alma limpa.
Joyce de Almeida
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