
Semana passada eu e uma amiga do trabalho estavamos na região da República,aqui em São Paulo e resolvemos parar pra comer em um fast food.
Lanches comprados subimos as escadas pra procurar uma mesa e comer tranquilamente.Minutos depois ouvi uma voz de criança oferecendo clicletes:"tia compra um pra ajudar?"
Um silêncio tomou conta da nossa mesa, e eu respondi pro garoto que não queria o chiclete.Ele ligeiro foi continuar as vendas e seguiu mesa a mesa ouvindo sempre nãos.
Confesso que não tinha olhado pro garoto,até que minha amiga disse: "Ai Joyce isso corta meu coração".E meu lado materialista estava pronto pra dizer que isso era coisa da pais vagabundos e exploradores que colocam crianças pra trabalhar.Mas me virei e vi aquele menino tão magrinho descendo as escadas com duas caixas de chiclete na mão.
Resolvemos chamá lo,e ele veio falar conosco.Não queriamos mesmo o chiclete,mas resolvemos resolvemos ajudar,eu perguntei se ele havia comido e ele disse que sim,ajudamos simbolicamente e Victor,nos estendeu duas cartelas de chiclete em sinal de gratidão.Eu disse que não precisava que nós queriamos ajudar e ele disse que era esse o trabalho dele.
Victor um menino pequeno,de nove anos mas de uma indole maravilhosa,conversou conosco,disse que estudava e ajudava a mãe com o dinheiro dos chicletes e que ela não queria que ele trabalhasse mas ele não se conformava de ver a mãe sempre trabalhando....
E eu pensei Victor,o nome que colocarei no meu filho (se um dia tiver)....e olhei aquele pequenino,um entre milhões de crianças que desde tão cedo conhece a realidade .....
Por quanto tempo mais nossas crianças estarão assim entregues a própria sorte...
Hoje lembrei de Victor e fiz uma prece silenciosa.Meu coração doeu....que essa criança um dia tenha uma vida digna de verdade.
Joyce de Almeida
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