segunda-feira, 11 de abril de 2011
Jogo das paixões humanas
"Certo dia as paixões humanas resolveram se reunir para brincar. A Curiosidade foi a primeira a querer saber as regras do jogo, o Entusiasmo saltou de alegria e foi para perto da Dúvida e da Apatia tentar convencê-las a brincar. Já o Egoismo disse que não iria brincar e sentou-se em um banco onde só cabia ele e mais ninguém.
Decidiram brincar de esconde esconde, de imediato a Loucura se prontificou a contar.
87,88,89,90,91,92...99,100!
A Loucura saiu em disparada para procurar. Achou um, achou outro, mas ao remexer num arbusto espesso ouviu um gemido: era o Amor, com os olhos furados pelos espinhos. A Loucura o tomou pelo braço e seguiu com ele, espalhando beleza pelo mundo.
Desde então o Amor é cego e a Loucura o acompanha: juntos fazem a vida valer a pena.
Mas isso não é coisa para os queixosos, os pusilânimes e dos demais rigidos, ou aqueles para quem a felicidade é um bem proibido por deuses severos."
Extraido de um trecho de uma crônica de Lya Luft.
Por Milena Evelyn
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